
Cada corporação é única, e cada uma possui (ou no mínimo deveria possuir, caso queira continuar obtendo êxito no mercado) uma estratégia própria de inovação. No entanto, há muitos desafios de inovação em comum aos líderes que estão à frente da área dentro das organizações.
Selecionamos quatro dos maiores desafios de inovação percebidos tanto na nossa própria empresa, como também em clientes e parceiros. Continue lendo!
Cultura interna
Como dito anteriormente, a inovação é condição sine qua non de sobrevivência do negócio. E a cultura interna de uma organização desempenha um papel fundamental no sucesso da adoção de novas soluções. Para isso, todos os envolvidos precisam sempre questionar os processos atuais e refletir sobre como podemos melhorá-los. Caso contrário, mesmo para implantação de inovações puramente incrementais, há altas chances de que o resultado do esforço seja apenas o desgaste, sem nenhum ganho efetivo.
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Drives antagônicos
Da mesma forma que as áreas de inovação estão explorando novas oportunidades e agregando ferramentas para melhorar as atividades da corporação, o setor financeiro está focado na redução de custos e despesas (muitas vezes em horizontes curtos) e o setor de suprimentos tem aquela resistência natural a novos contratos, principalmente com novos fornecedores. Ou seja, cada departamento está focado em seu próprio objetivo.
Devido à complexidade e escala dos projetos de inovação que, muitas vezes, são de longo prazo, um dos desafios de inovação enfrentado é não deixar as agendas dos outros setores impactarem negativamente na jornada. Assim, é muito importante que o gestor de inovação tenha a capacidade e habilidade de criar estratégias que mitiguem essas dificuldades que surgem por conta das diferenças entre os drives da organização.
Resistência da gerência intermediária
A primeira barreira em relação à inovação para qualquer organização que queira se manter relevante no longo e eficiente no curto-médio prazo é inseri-la em seu próprio plano estratégico. No entanto, enxergar a inovação como processo importante não basta para que os projetos inovadores funcionem nos âmbitos de desenvolvimento e implantação.
Isso porque é mais comum do que parece, e do que deveria, a existência de desalinhamentos entre o que é estratégico para empresa e o que é executado em um nível de gerência intermediária. Isso não é culpa das pessoas que estão no processo, mas advém de um processo natural, onde a mudança em um mundo VUCA é imprescindível de ser contemplada em nível estratégico, mas ao mesmo tempo causa desconforto em nível tático, que precisa “tocar a operação” enquanto muda o status-quo.
Na prática, acaba caindo nos ombros exatamente da gerência intermediária “trocar a asa do avião em pleno voo”, ou remodelar o processo e adotar novas ferramentas para um processo que via de regra não pode parar de rodar.
Por fim, cabe não só aos líderes em inovação, mas a todos os líderes das corporações entenderem este processo e, juntamente com a gerência intermediária, trabalhar para torná-lo menos doloroso.
Inércia executiva
Há uma armadilha enorme toda vez que uma decisão que impacte no processo de inovação deve ser tomada por um gestor cujos indicadores não estão atrelados diretamente a isso. É comum cada um priorizar aquilo que os afeta de imediato.
No entanto, esse tipo de dinâmica na governança pode gerar o efeito de “empurrar com a barriga”, onde um projeto, uma decisão ou uma ação é postergada, em favor de decisões mais importantes (dado um determinado ponto de vista).
Projetos e iniciativas de inovação muitas vezes possuem bons retornos, mas que podem demorar um pouco para acontecer. Essa característica faz com que os líderes destes setores tenham de lidar com este desafio mais frequentemente.
É importante passar para as outras lideranças a importância das inovações para a longevidade e sucesso do negócio, e uma vez que todos entendem bem isso, o processo de inovação ganha agilidade e maior chance de sucesso.
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