Ser ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and corporate Governance) está ligado às boas práticas em questões que envolvem Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa. Sobretudo, a cadeia de suprimentos.
Contudo, esses princípios que vêm sendo perseguidos por grandes empresas. Tem sido assim nos últimos anos. Quem afirma é Luciano Santana, economista e CEO da Green2Tech. A startup opera nas áreas de sustentabilidade e tecnologia.
A relevância das boas práticas na cadeia de suprimentos
Em outras palavras, as atitudes devem representar as necessidades de melhorias. “Em relação ao meio ambiente, a indústria precisa proteger os recursos naturais. Reduzir a emissão de poluentes, diminuir impactos e danos. Construir e executar atitudes de preservação”, disse.
Socialmente falando, é necessário buscar engajamento. “As empresas devem criar políticas de diversidade. Reduzir a desigualdade, por exemplo. São questões que estão sendo amplamente discutidas socialmente. Não dá para ignorar”, lembrou.
Já em relação aos processos corporativos, agir de maneira ética. “Por mais óbvio que pareça, há muito a ser feito. Nesse sentido, as organizações devem elaborar mecanismos para combate ao assédio moral, sexual, discriminação, corrupção trabalho análogo à escravidão e infantil”.
Leia também: Os nove caminhos da inovação corporativa
Os benefícios para a cadeia de suprimentos
De acordo com Luciano Santana, é relevante lembrar: as condutas em ESG têm impactos sobre a cadeia de suprimentos. Mas é bom destacar que a área pode ser um dos gargalos das boas práticas. Neste sentido, é necessário compreender todo o ciclo. A ideia é identificar riscos e falhas.
“Por isso é preciso saber qual é a origem dos produtos e serviços contratados é algo básico. A forma como são extraídos e produzidos. Sem contar a maneira como chegam até as indústrias”, ponderou.
Entretanto, para o especialista, a ESG não é uma novidade. Trata-se de uma roupagem nova para questões que já se revelavam delicadas há mais tempo. Por certo, o assunto tem sido tratado de forma relevante recentemente. Acima de tudo para a cadeia de suprimentos. Os benefícios, segundo Santana, são:
Redução de custos relacionados ao meio ambiente
Com boas práticas, o risco de desastres ambientais diminui. Ao fazer o descarte adequado ou o reaproveitamento de resíduos, a poluição é controlada. Assim, as organizações poderão reduzir custos com os danos gerados por passivos ambientais.
Segurança, saúde, qualidade e bem-estar no trabalho
Grandes indústrias têm operações complexas e de alto risco para vida e saúde dos trabalhadores. Desde a obtenção da matéria prima até a entrega ao consumidor. Portanto, se a segurança e a saúde dos trabalhadores são prioridades, ganha-se qualidade e bem-estar. Garantias para o bom andamento de uma cadeia de suprimentos e de alta produtividade.
Imagem diante de investidores, o mercado e a sociedade
Qual é a empresa que quer ter a imagem e a reputação questionada pelo mercado e pela sociedade? Isto é, perder clientes, lucros e confiança? Contratar um fornecedor que emprega mão de obra infantil no processo de produção é inaceitável. Tendo ou não conhecimento do fato, abre-se um precedente para uma crise que pode ser devastadora.
Compliance
Estar em conformidade com leis, normas e padrões é uma exigência. Empresas usam isso como critério ao contratar, comprar, fornecer e vender produtos e serviços. Assim, ao aplicar as recomendações da ESG, as organizações reduzem o risco de problemas motivados por questões de segurança, financeiras e estruturais. Isso eleva o rendimento, dá garantias e gera confiança.
Incentivo às boas práticas
Grandes empresas e indústrias geralmente são as primeiras a executar ESG. De acordo com Santana, são eles que devem, também, incentivar a implantação das práticas em processos, contratos e fluxos dentro e fora das empresas. Não como decreto, com prazo rígido, mas levando em consideração o tempo necessário para adequações.
Desafios da cadeia de suprimentos
Desde já, são inúmeros os desafios que envolvem a cadeia de suprimentos ou “supply chain”. De acordo com Santana, ainda não há regras ou normas muito bem definidas.
“Como as empresas podem estabelecer formas de exigir produtos, materiais e serviços que vêm de fora? O que fazer para incorporar a adoção de leis e normas nacionais e internacionais? Não há um manual, normas ou leis específicos”.
Pelo visto, ainda há um longo caminho pela frente. Desse modo, as execuções nas cadeias de suprimentos precisam começar dentro das empresas, mas devem transpor os muros. Para isso, é preciso entender.
“As grandes organizações já entenderam a relevância disso. Primordialmente para a saúde financeira do negócio. Nesse sentido, as pequenas precisam ser convencidas. Não estamos falando em um bicho de sete cabeças, mas é urgente engajar”, lembrou.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou uma pesquisa para avaliar qual a visão das empresas brasileiras e as iniciativas em relação à sustentabilidade. O levantamento concluiu que a reputação junto aos consumidores e exigências estimulam agenda sustentável. Além disso, as exigências impostas pela cadeia produtiva reforçam as boas práticas.
Necessidade de adequação e inovação
A necessidade de adequação para ser ESG é urgente. Acima de tudo, existe uma pressão por parte da sociedade. Para muitas empresas, esse é um dos principais motivos, segundo Luciano Santana.
“Os processos de produção têm sido questionados frequentemente. Decerto as empresas mantêm uma cadeia de suprimentos sustentável encontram grandes potenciais para inovar. Além disso, encontram diferenciação no mercado, diante da ampla concorrência”, afirmou.
Por isso, não se fala em outro assunto no ambiente corporativo. Empresas e organizações do mundo todo querem incorporar boas práticas. “A sustentabilidade já virou critério para a tomada de decisões e investimentos. Portanto, é fundamental empregar recursos para mapear, acompanhar e agregar soluções de inovação aberta”, alertou o especialista.
A Platt by Timenow é especializada em oferecer soluções completas de ponta a ponta. Sendo assim, nossa equipe trabalha para acelerar a inovação industrial. Com amplo escopo de serviços, prestamos consultorias, elaboramos projetos e programas de Open Innovation de forma personalizada. Seguimos os mais altos padrões de gestão e qualidade, que englobam normas, leis e boas práticas, exigidos por grandes empresas.
Ficou interessado? Entre em contato conosco clicando aqui.