Antes de mais nada, é preciso deixar claro: os caminhos que levam à inovação corporativa nas indústrias são desafiadores. Por isso, líderes e gestores precisam estar focados no processo. À primeira vista, parece simples, mas não é bem assim.

Todavia, uma importante decisão pode conferir o sucesso esperado. Observar os movimentos internos e externos da  indústria é valioso. Trata-se de uma atitude semelhante ao Raio-X. O exame que revela as possíveis causas de dores e problemas de saúde.

Onde a empresa quer chegar?

Portanto, entender e compreender o que se espera de uma organização é fundamental. São ações orientam a tomada de decisão. Assim deve ser a caminhada rumo à transformação digital

Afinal, a empresa só poderá se posicionar estrategicamente se souber onde quer chegar. Em contrapartida, não há receita pronta e pode ser aí que a jornada fique confusa.

Quando isso acontece, o que fazer?

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Pensando exatamente nisso, o professor e doutor Tobias Gutmann decidiu escrever sobre o assunto. Gutmann reuniu ações e atitudes que podem ser altamente relevantes. Fatores que podem ser determinantes na caminhada rumo à inovação corporativa.  

Direções dos fluxos de inovação

O processo de inovação segue fluxos. Por isso, é necessário entender as direções dele. Quando a origem é interna e finaliza dentro da empresa o fluxo é “de dentro para dentro”. No entanto, quando tem origem interna, mas ao ser finalizado extrapola as fronteiras da empresa, é considerado “de dentro para fora”. Já quando a inovação tem origem fora e é internalizada, considera-se “de fora para dentro”.

Objetivos da iniciativa de inovação na indústria

Tendo em vista os objetivos, os três principais podem estar ligados às questões financeiras, estratégicos e balanceados (uma mistura de financeiro e estratégico). Cada organização poderá ser motivada por um fator diferente. Em outros casos, pelos dois.

Os caminhos que levam à inovação corporativa 

Ao todo, são 9 caminhos, que na prática, funcionam como iniciativas pontuais. Somadas, colaboram para que a gestão da inovação aconteça. Nesse sentido, relacionamos, de forma resumida, no que consiste cada um deles. 

Fonte: Tobias Gutmann

  1. Explorador Interno: neste sentido, a indústria estimula e investe nas ideias de seus colaboradores. A organização aposta na cultura do empreendedorismo e na geração de ideias.
  2. Intraempreendedor: gestores e líderes devem acelerar a inovação, gerar novos negócios e executá-los. Contudo, a empresa deve desenvolver e comercializar as ideias com a ajuda de recursos internos.
  3. Explorador Externo: a solução vem de fora da indústria. É o momento de olhar para o ecossistema de inovação. Sobretudo, pesquisar tecnologias, modelos e negócios de inovação aberta.
  4. Educador: a empresa investe para educar, treinar e fomentar a cultura empreendedora da inovação. Certamente os envolvidos saberão lidar melhor com os fracassos e riscos que virão.
  5. Venture Builder: um novo negócio pode ser uma forma de dar os primeiros passos no caminho rumo à transformação digital. Desse modo, a inovação corporativa nasce internamente e permite explorar, validar e executar novas soluções.
  6. Investidor Estratégico: seja qual for a ideia, atua com base em conhecimentos sólidos. Além disso, potencializa a abertura de mercado.
  7. Aprimorador: não basta apenas fazer. É preciso aprimorar. Assim sendo, a empresa deve desenvolver programas de inovação para otimizar operações e tecnologias.
  8. Vendedor: desde já, avalie os ativos: patentes, tecnologias, sistemas e estruturas. Monetize e explore estes recursos. Isso pode resultar em uma nova forma de implantar soluções inovadoras.
  9. Investidor Financeiro: ocorre quando a indústria investe financeiramente em uma startup. A princípio, pode ser de forma isolada. Posteriormente, de forma conjunta. A atitude gera novas ideias e agrega valor.
Assuma riscos e supere fracassos

Contudo, os caminhos apresentados por Gutmann não são definitivos. No entanto, apresentam formas de investir na transformação digital nas indústrias. Aumentam a geração de ideias, novos negócios, competitividade e a relevância das empresas no palco da inovação. 

Portanto, vale ressaltar: cada setor enfrenta diferentes desafios. Com foco nos resultados, as iniciativas podem fazer surgir cenários inspiradores e igualmente desafiadores. Neste momento é necessário ter equilíbrio para assumir riscos. Uma equipe envolvida no processo de transformação digital deve ser preparada para lidar com fracassos. A superação e o aprendizado auxiliam a traçar novas metas.

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